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É hora de analisar a composição do governo recentemente
empossado. Uma vez que a posse foi há poucos dias, ainda não houve tempo do
governo fazer obra, logo a análise do governo tem de se focar noutros temas.
Sendo assim, e inspirado por um título do “Correio da Manhã”, decidi fazer uma
análise baseada no que verdadeiramente interessa, ou seja, raças e etnias. Com
base nesta análise, na qual me restrinjo aos elementos-chave do executivo,
posso já avançar que este governo será, provavelmente, o mais bem sucedido da
democracia portuguesa. Vejamos porquê.
O monhé – Primeiro-Ministro; com um primeiro-ministro monhé,
temos a garantia que o chefe de governo tem olho para o negócio. Além disso,
trabalhará longas horas, sem feriados nem folgas, em prol do crescimento
económico da nação. Será sempre sorridente e solícito, e poderá servir tchai
nas conferências do Eurogrupo. Quando sujeito a perguntas incómodas, poderá
abanar a cabeça e ninguém perceber se está a dizer sim ou não. Nos momentos
mais difíceis, poderá rezar a qualquer um dos milhares de deuses do panteão
hinduísta. Por fim, o país terá, no final da legislatura, um sistema nacional
de riquexós, servindo todas as capitais de distrito.
A cega – Secretária de Estado para a Inclusão de Pessoas com
Deficiência; dotada da qualidade fundamental em qualquer cargo executivo, esta
aquisição será uma mais-valia em qualquer ministério. Será um governante que
trabalhará numa base racional com base no mérito, e não emocional com base em
interesses, pois, como todos sabemos, “longe da vista, longe do coração”. Os atributos
físicos deixarão também de ser um critério para admissão como secretária(o) na
Assembleia da República e como assessora(o) de Ministros. Além disso, como tem
os outros sentidos mais apurados, poderá ouvir as conversas da oposição
(PSD/CDS-PP/BE/PCP-PEV/PAN), sentir o cheiro de um negócio mal amanhado, ou
ainda apalpar o terreno sempre imprevisível das vontades do próximo Presidente
da República. Prevê-se um futuro brilhante dentro do PS e do executivo para
esta Secretária de Estado.
A preta – Ministra da Justiça; é, provavelmente, o único
erro deste governo. Com ascendência angolana, seria muito mais útil no
Ministério da Economia, das Finanças, ou dos Negócios Estrangeiros, mudança
que, ainda assim, poderá acontecer numa futura remodelação governamental. Está
numa posição fulcral, e tem as qualidades necessárias, para compreender os
pormenores jurídicos dos negócios que envolvam Portugal e o seu país natal,
assim como deslindar a complexidade do processo “Marquês”. O “Correio da Manhã”
terá maior dificuldade em lhe tirar uma fotografia à noite, quando sair de
carro do Ministério, logo teremos menos fugas do segredo de justiça. Com base
na tradição angolana, poderemos esperar prisões de elementos subversivos que
andem a minar as bases do regime democrático e garantir, assim, a segurança de
todos nós. Único senão: ninguém deverá adoptar um comportamento diferente em
relação aos alimentos com o objectivo de obter uma decisão favorável em
tribunal, pois não terá o efeito desejado.
O cigano – Secretário de Estado para as Autarquias Locais;
com um conhecimento aprofundado dos mercados e feiras, e habituado à gestão dos
bairros sociais, não há ninguém melhor equipado para governar localmente de uma
forma eficaz, sempre com um olho nas autarquias e outro no Povo. Está
encontrado o digno sucessor do “Paulinho das Feiras”. Pode também, se tal for
necessário, intimidar algum elemento menos crente dos parceiros dos acordos de
governo do PS. Além disso, é possível que surja um Decreto-Lei a impor os
casamentos arranjados a partir dos 14 anos, o que poderá ser uma medida
essencial para aumentar a taxa de natalidade em Portugal. Por fim, poderá
servir de elo diplomático com o número crescente de imigrantes da Europa de
Leste que se estabelecem em Portugal, facilitando a integração social que todos
desejamos.
Por tudo isto, alimento as maiores expectativas
relativamente à acção governativa dos próximos tempos.
R. entregou uma pizza #à são todos pretos