sábado, 5 de novembro de 2016

Clinton vs. Trump, ou a essência da América nas mesas de voto

CNN.com
A poucos dias das eleições americanas, as sondagens multiplicam-se, aparentando um estreitamento da vantagem de Clinton. Mas o que passa para o grande público são, normalmente, percentagens nacionais. Ora, no sistema americano, em que cada candidato disputa estado a estado, sendo que o vencedor ganha a totalidade dos seus representantes para o colégio eleitoral que irá eleger formalmente o próximo Presidente.
Sendo assim, é até possível um candidato ganhar as eleições sem com menor percentagem nacional, bastando para isso ganhar em alguns estados decisivos.
learningenglish.voanews.com
Neste site é possível consultar os resultados eleitorais desde 1964 até às eleições de 2012. Por exemplo, em 2000, George Bush Jr. obteve os 271 votos eleitorais mas teve menos votos reais a nível nacional, com uma diferença superior a 400.000 votos.
Desde a eleição de Bill Clinton em 1992, o mapa eleitoral foi mudando mas a sua essência mantém-se. Não existe uma só América; nem a América é aquilo que nós queremos, ou imaginamos, que ela seja. Existe uma América cosmopolita de Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, mas também existe uma América "profunda" do Wyoming, Montana, New Mexico ou Utah. Nas últimas décadas, os Democratas vencem normalmente nos estados urbanos, da costa leste e oeste. Os republicanos vencem na América rural.
As últimas sondagens dão uma diferença nacional estreita, mas na realidade o resultado das eleições irá decidir-se em meia dúzia de estados decisivos, nomeadamente Ohio, Pennsylvania, Florida, ou North Carolina, pois é ali onde existe maior indecisão, e são estados com um número considerável de votos eleitorais. E é aqui que as "minorias" entram em acção, pois são elas que podem alterar o fiel da balança. À partida, Trump está em desvantagem, mas a margem de votos indecisos pode dar uma vitória muito magra a Clinton. Será que Trump pode ainda surpreender tudo e todos?
NBC News
A Moody's revelou um estudo, não uma sondagem, baseada em factores políticos e económicos, que prevê uma vitória de Clinton por uma larga margem. O estudo não prevê a influência da personalidade dos candidatos e dos escândalos a eles associados, logo poderá estar longe dos resultados. Mas será interessante comparar com o que irá acontecer na realidade.

Moody's Analytics
Os dados estão lançados. Na Terça-Feira veremos que América estará mais forte. O resto será história.

R. entregou uma pizza #à centrão bipolar

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...